Como apresentar um projeto nos dias de hoje?
Quando se fala em realizar um Projeto Arquitetônico ou mesmo um Projeto de Interiores, algumas premissas são levadas em conta.
A quem se destina esse projeto?
Qual o programa a ser atendido?
Qual o local em que estará implantado o edifício?
Qual sistema construtivo será utilizado?
“O projeto de arquitetura não é um processo linear, em que uma tarefa específica conduz a uma única solução. É um processo em que todos os aspectos relevantes são submetidos a um rigoroso juízo crítico” (Leupen, 2004).
Projetar é uma habilidade complexa. É uma produção criativa que exige do arquiteto muita disciplina para se chegar na melhor forma, cumprir adequadamente sua função e ser edificada com a melhor tecnologia disposta no mercado.
Não adianta nada todo esse desprendimento de energia se não conseguimos comunicar aos nossos clientes a solução encontrada.
E nesse ato de projetar, temos diferentes meios para transmitir a ideia. Temos o desenho de observação em perspectiva, o desenho técnico, a maquete física, a maquete digital. E para cada tipo de representação gráfica temos o auxílio de ferramentas específicas e é disso que se trata nossa conversa de hoje.
Desenho de Observação em Perspectiva
Desenhar com a intenção de representar algo abrange desde um desenho muito simples, um esboço ou uma interpretação detalhada da realidade visual.
Abaixo vemos a construção de um desenho por meio das etapas:
- Composição da vista e do estabelecimento da estrutura
- A distribuição de tons e texturas
- A adição de detalhes significativos
Neste ato de desenhar, criamos linhas, formas e manchas com cores e tons variados. Utilizamos a técnica do tratamento gráfico manual e a ferramenta que nos auxilia nessa representação são os materiais variados encontrados no mercado. Os mais comuns são: o grafite, o carvão, lápis de cor, caneta hidrográfica e o giz pastel.
Podemos utilizar um único material ou combiná-los entre si.
Desenho Técnico
O desenho técnico é o meio tradicional de representação gráfica em arquitetura, engloba um conjunto de metodologias e procedimentos necessários ao desenvolvimento e comunicação de projetos, conceitos e ideias. Essas normas são editadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) registradas pelo INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) e estão em consonância com as normas internacionais aprovadas pela ISO (International Organization for Standardization).
Eles são executados a mão com o auxílio de réguas, esquadros, gabaritos, compassos e escalímetro ou podem ser executados em ambiente digital através de softwares existentes. Os mais conhecidos são: Autocad, Revit, Sketchup.
Por se tratar de uma linguagem muito específica podemos utilizar a técnica da Planta Humanizada para facilitar a compreensão do projeto.
Muitos não entendem o que significa o termo Humanizada ou Humanização de Desenhos. Apesar de parecer ser algo complicado, desenhos em formatos humanizados nada mais são do que um desenho que possuem cores, efeitos de luz, sombras e muita texturização.
A planta humanizada é algo que fica mais amigável para o cliente, para que ele possa entender de um jeito mais simples o projeto técnico.
Quando falamos em planta humanizada, temos inúmeras ferramentas à nossa disposição. A planta humanizada pode ter tratamento gráfico a mão ou podemos utilizar os softwares Corel Draw ou Photoshop.
Planta Humanizada – Lápis de cor
Planta Humanizada – Corel Draw
Planta Humanizada – Photoshop
Maquete Física e Maquete Digital
A maquete física é um modelo em escala reduzida do projeto arquitetônico. É utilizada como uma importante ferramenta facilitadora da percepção da obra. Pela complexidade de execução e o auto custo de produção, ela é utilizada por construtoras e incorporadoras.
Maquete Física – Crédito Unieducar
A maquete é uma ferramenta extraordinária. No âmbito residencial, comercial e de interiores, utilizamos a maquete eletrônica também conhecida como maquete virtual.
Os softwares mais conhecidos para criação dessa representação são: Revit, Sketchup, 3DSMAX, PROMOB. E com alguns programas de pós-produção como V-ray e Photoshop conseguimos um resultado fabuloso.
Maquete Digital 3DSMAX – Crédito Digital Tutors
Maquete Digital Revit – Crédito Autodesk
Maquete Digital Sketchup +Vray – Crédito Tiltpixel
Inúmeras são as representações gráficas. Quantas possibilidades estão ao nosso dispor atualmente. E aí, se anima em ampliar e diversificar sua apresentação?
Ana Luisa Brandine de Negreiros
Arquiteta e Urbanista. Especialista em Design de Interiores.
Docente de Design de Interiores do Senac Piracicaba.

